No dia 26 de março, pessoas ao redor do
mundo são convidadas a vestir alguma peça de roupa roxa em sinal de apoio a
causa. Idealizado por Cassidy Megan, uma menina canadense de 9 anos, o Purple
Day surgiu em 2008 com a ajuda da Associação de Epilepsia da Nova Scotia –
EIOS, com a finalidade de tirar a epilepsia das sombras. Sua fundadora escolheu
a cor roxa como símbolo da causa, inspirada na flor de lavanda frequentemente
associada à solidão, pois representa o isolamento que muitas pessoas afetadas
pela epilepsia vivem.
É uma das doenças mais antigas da história da humanidade e sofre preconceito desde a Roma Antiga quando os portadores de epilepsia eram isolados e maltratados junto aos portadores de hanseníase, por acreditar-se que era uma doença contagiosa, o que não é verdade. Comemora-se o Purple Day para levar informação, desmistificar a doença e demonstrar a pais, pacientes e toda a sociedade, que a epilepsia tem tratamento e que a maioria dos portadores da doença podem ter uma qualidade de vida normal. O preconceito causa muito mais sofrimento do que as crises que duram apenas poucos segundos ou minutos.
Com o objetivo
de divulgar informações e combater o preconceito contra as pessoas que convivem
com a epilepsia, associações de pacientes trouxeram para o Brasil a campanha
mundial Purple Day, o Dia Lilás. O dia D da causa é nesta quinta-feira (26/3),
mas a semana toda está sendo marcada por ações que chamam a atenção para a
epilepsia.
A OMS estima que 50 milhões de pessoas são afetadas
por esta doença mundialmente, o que representa menos do que 1% da população
mundial. [Fonte: OMS website, 2009]. No Brasil, essa taxa é de aproximadamente
1,8%, sendo mais comum na infância.
No Brasil, estima-se que haja
entre 1,8 e 3,6 milhões de pessoas com epilepsia. Segundo um estudo publicado
na Revista Ciência Saúde Coletiva no ano de 2009, foram registradas 32.655
mortes por epilepsia no Brasil durante esse período. Esse número pode ser
maior, uma vez que muitos casos podem não terem sido registrados devido a
falhas nas coletas de dados e identificação dos óbitos. O mesmo artigo
registrou uma alta de 80% do coeficiente de mortalidade por epilepsia na região
Nordeste do país, provavelmente devido a baixa disponibilidade de medicamentos
para as crises convulsivas e aos serviços deficientes de saúde nessa região.
“É um trabalho
de formiguinha contra o preconceito. Com informação, as pessoas vão entender o
que é a epilepsia, o preconceito só existe por falta de informação”, disse
Caminada.
Pelo menos 20 cidades estão sediando eventos relacionados à campanha. A Câmara Municipal de São Paulo vai promover uma mesa de debate sobre o tema na manhã desta quinta-feira. Na sexta-feira (27/3) e depois, a capital de Rondônia, Porto Velho, sediará o 13º Encontro da Federação Nacional de Epilepsia.
Pelo menos 20 cidades estão sediando eventos relacionados à campanha. A Câmara Municipal de São Paulo vai promover uma mesa de debate sobre o tema na manhã desta quinta-feira. Na sexta-feira (27/3) e depois, a capital de Rondônia, Porto Velho, sediará o 13º Encontro da Federação Nacional de Epilepsia.
No dia 28, três capitais vão ter caminhadas pelo Purple Day. Em Brasília, o movimento vai ocorrer, a partir das 9h, na área próxima à Nicolândia, no Parque da Cidade. Em São Paulo, a caminhada vai ser no Parque do Ibirapuera, às 10h. No Rio de Janeiro, a ação partirá da Estação Cardeal Arcoverde e também começará às 10h.
Fonte: